Conforme pesquisa do grupo de estudos VisuLaw, de maio a novembro de 2020, foram entrevistados 150 juízes federais para avaliar suas opiniões sobre aceitação de elementos visuais em documentos jurídicos. Além da principal reclamação dos juízes sobre argumentação genérica e peças prolixas, foi também bastante citada a estética e objetividade. Veremos agora porque usar imagens na petição faz toda a diferença para o juiz.
Dos juízes participantes, 62% criticaram a quantidade de páginas em excesso. Também foi citada a má formação de peças por 31% dos entrevistados. De acordo com a pesquisa, a petição ideal é aquela que há objetividade, boa formatação e quantidade menor de páginas. Soluções que o Visual Law propõe. Portanto, para conseguir alcançar os objetivos idealizados, imagens na petição faz toda a diferença.
De acordo com o juiz Alexandre Morais da Rosa, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a técnica de inserir elementos visuais na petição aprimora a navegação e a experiência de usuário. Além disso, também otimiza o tempo de leitura. Para ele, a experiência de usuário de um juiz é de extrema importância.
Por exemplo, quando o advogado coloca apenas anexos de documentos, ele obriga o juiz a rolar a barra e depois voltar de onde parou. Isso gera mais trabalho e até tração cognitiva na hora da leitura de uma peça. É muito mais prático para quem está lendo que sejam disponibilizadas imagens no corpo da petição. De acordo com Alexandre, o advogado deve se atentar à experiência de usuário ao escrever petições para ampliar as chances de ser atendido.
Na mesma linha de pensamento, o juiz federal Erik Navarro Wolkart, opina que quando não há a inserção de imagens no corpo da petição, o advogado “aumenta o custo de acesso à informação e gera tensão cognitiva”.
Tensão cognitiva leva à sensação de inverossímil. Quer trazer sentimento de verdade e verossimilhança? Busque o conforto cognitivo do juiz. – Erik Navarro Wolkart
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